Inicia Julho, o mês de Santana e vem cheio de novidades e de esperança. De tanto verificar que houve muito roubo de verba pública sendo descoberto e gente de colarinho bem branco e moradores de coberturas sendo presos, começa a ter início nova fase de reflexão sobre o Brasil e o que fazer a partir de então. Claro que ficou evidenciado que, se já não somos os primeiros do mundo em futebol, o somos em ‘bola’, propina’, o ‘por fora’, etc. Mas, entre os países com os quais estamos emparelhados – os ditos emergentes, os que estão colocando o pescoço fora da linha d’água da miséria ou pobreza- somos os que estamos enfrentando com soberania e tranquilidade a descoberta e o estabelecimento de novos patamares na coisa pública. Hoje já não apenas um juiz no STF, como foi a odisseia de Joaquim Barbosa fustigado pelo lamentável Lewandowski, atual presidente do STF, colocado na linha da navalha sob a observação cada vez mais cuidadosa da sociedade; já não é a isolada ação do juiz Moro e as equipes do Ministério Público e Polícia Federal de uma Vara da Justiça do Paraná, mas seu exemplar comportamento já pode ser visto em setores do Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco.
Jovens promotores, jovens juízes, jovens policiais – jovens em idade e jovens na prática de suas tarefas – estão a indicar que velhos hábitos podem e devem ser mudados. Esses setenta juízes que estão ‘perseguindo’ jornalistas no Paraná já receberam o primeiro travamento no STF, dado pela juíza Weber.
Com a prisão desses enriquecidos nas maracutaias ocorridas principalmente no governo do inventor da expressão, podem ser um bom início. Como também o foi a prisão de um senador, em exercício do mandato, que confundiu o público com o privado. Aquela primeira cúpula do PT que foi levada à prisão sob o grito de ‘guerreiro do povo brasileiro’ está cada vez mais lembrada como a de ‘traidores do povo brasileiro’. Talvez outros do mesmo time venham a ser condenados. Ao mesmo tempo devemos cuidar para suprimir privilégios que magistrados e políticos do passado, com mentalidade de casta, criando uma nobreza espúria e vergonhosa, mutilando a Constituição Cidadã, negociando – legislativo e judiciário – vantagens para si, afastando-se do comum dos cidadãos.
Estamos aprendendo a castigar os que nos castigam com seus crimes. Esse é um bom passo em direção de formarmos uma nação. Ainda não o somos, pois deixamos que cultivassem muitas divisões em nossa alma. Estamos superando feridas podres, apostemadas, expulsando do corpo social o que nos faz mal e permitiu e favoreceu o esmorecimento das instituições. Mas estamos avançando e vamos derrotar os que queriam dominar o nosso futuro.